20.1.12

voltas.

Uma das coisas que nunca consegui mudar, foi o decurso da vida, a forma natural como o que está destinado acontece. Como tal, vou-me deixando levar pelas ondas da vida. É verdade, eu "deixo-me levar" pelo que me vai acontecendo. Custa-me tomar decisões, partir corações, deixar pessoas pelo caminho, e levar a vida para a frente como assim pertence ser. Sim, pertence ser, mas na verdade, custa e dói. O meu sorriso está sempre presente, mesmo que por dentro esteja em pleno confronto, mesmo que a minha alma esteja destroçada, não há nada assim tão grande que me faça desaparecer com o bem mais precioso e contagiante que tenho; o meu sorriso. Isso não implica que não sofra por dentro, que não repare nas coisas, que não tenho noção do que faço, das atitudes que tenho e nas decisões que tomo. A vida obrigou-me a crescer demasiado depressa, sabes? Por mais estranho que pareça, é verdade. A vida obrigou-me a deixar de ser menina à muito tempo. E sabes quem lá esteve para me apoiar? Poucas pessoas, poucas mesmo. As coisas que levo a sério são raras, mas em contra partida a minha consciência é da mais matura que podes conhecer. Ensinaram-me isto um dia, eu memorizei, assim como faço com tudo o que quero realmente seguir. Eu memorizei uma coisa em nós, a nossa amizade. Memorizei a pessoa em quem eu mais confiava, a quem eu contava TUDO sem qualquer tipo de exclusões. A pessoa que bastava ligar, bastava uma mensagem, que passava a ser logo uma pessoa que praticamente me completava. A vida não me ensinou a não sentir carinho, amor, lealdade, com quem me faz bem. Pelo contrário. Essa pessoa tinha um grande nome do qual eu me orgulhava com a própria vida mas, mais uma vez, a vida trocou-me as voltas. É sermos fortes, mais uma vez. 
Irmão uma vez, irmão sempre. Mesmo que as voltas nos tenham baralhado a cabeça e, quem sabe, o coração e esta já não ser a nossa realidade. 16, apesar de tudo, deixas saudades 

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