Por vezes o meu coração dispara perguntando por ti, questionando os sítios por onde passas, questionando as memórias, as perguntas, que a tua mente recebe. Por vezes, as paredes do meu quarto estão ilustradas com pequenas paragens no tempo, nossas. Por vezes, saio à rua e o céu está pintado com o teu nome, as avenidas não são as mesmas a que há tanto tempo estou habituada, mas também não me são estranhas... É nessas vezes, é nesses dias, que o mundo se encarrega com imensa questão, de me relembrar que estás presente em mim, que o meu coração foi vincado com o teu nome, letra por letra. Vincado? Sim, vincado. E, como tenho o meu coração bem resguardado dentro de mim, se é que me entendes, nem a erosão do tempo fará com que o teu nome desapareça, ou se apague. Estou certa do que te digo, não são só os arranhões, as queimaduras, as luxações que doem. Experimenta só ter um nome gravado no peito e sentir, enfim, saudades. No fim diz-me, meu querido, o que dói mais afinal?
Mas nem todos os dias são dias assim. Eu aprendi que mesmo te amando a todos estes quilómetros, eu tenho o direito de ser feliz e viver a minha vida. Tu és meu amor, mas isso não invalida de ter as minhas paixões.
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