8.11.11

For you, with love. ♥ (parte VI)

Está na hora. Está na hora de parar, e dedicar as próximas horas a escrever para ti. Realmente reparo que mereces depois de tanto tempo em que, por uma temporada, consegui estar afastada. Continuo a preferi usar certas palavras em vez de outras, mais directas, como dizer que estive afastada e não que quis fugir de tudo. Tive que encontrar uma estratégia minha, visto que a tua- e hoje percebo- foi escolhida unicamente para ti. Escolhi a dita estratégia racional, aquela que é feita com a cabeça e não com o coração. No fundo uma estratégia acaba sempre por ser assim, por mais voltas que se dê, não é? Eu não fui inteligente ao tomar a minha decisão, mas sinceramente nem o quis ser. Na altura em que foi feita, não havia espaço, nem tempo, para parar e usar o mínimo de inteligência. Quase caí no abismo com a tua ausência, com a tua partida, com os teus silêncios mas, não, não estou a escrever para relatar o estado em que estive, não preciso disso até porque tenho certezas de como tu sabes o estado em que estive. Partiste, não porque quisesses mas porque o destino assim o quis. Não porque escolhesses, mas porque o destino assim o destinou. Partiste de local e, enfim, em todos os sentidos. Fiz os esforços máximos para te respeitar, para conseguir entender certas coisas. Posso até ainda não ter entendido algumas coisas, mas já entendi praticamente todas. Prometi a mim mesma acalmar este amor dentro de mim, e acho que cada vez o consigo fazer melhor. Há coisas que são difíceis- até demais- de ainda se conseguir enfrentar. Posso-te dizer que é constante o eco do teu nome a vir da sala e a entrar pelo meu quarto; finjo não ouvir. É constante a pergunta "então e o Rafael, tens falado com ele?"; finjo não perceber. E, também é bastante frequente ouvir a minha irmã de quatro anos, aquela que te adora daqui ao céu, lembraste? Ela costuma perguntar por ti, tem uma frase que já decorei há algum tempo: " Tenho tantas tantas tantas saudades do Rafael mana. Gosto dele daqui até ao céu" ; com ela não tenho hipótese como sabes. A resposta é a mesma sempre que lhe vens à cabeça, apenas me resta responder-lhe um simples "eu também Leonor" . Tudo isto para dizer que todos estes pequenos grandes pormenores ainda doem cá dentro. Ainda custa ouvir e fingir que não se ouve, ainda dói ver simples coisas sobre ti, fingir que não se vê e ter controle da situação. Ainda dói, não tanto, mas ainda dói muito. As coisas não andam bem em alguns sentidos, aquela paz que te falei, lembraste? Não, ainda não a encontrei. Confesso que por vezes ainda acordei e pensei que sim, mas depois tudo voltava, novas coisas surgiam e surgem e é como se não houvesse um minuto de descanso. Tenho reparado que a minha vida tem sido vivida à base de máscaras, não sei se alguma vez algo do género te aconteceu. Não sei lidar com a situação, mas não arranjo maneira de baixar a máscara diária que todos os dias uso. Voltando a falar da minha estratégia e, dizendo mais uma vez que, de facto, não foi a mais inteligente foi, simplesmente, a primeira caída directamente do céu. Na altura, confesso, foi uma salvação. Não me arrependo de todo de a ter tomado. Primeiro, porque como disse, foi uma salvação. Segundo, porque me libertou por fora de ti. E terceiro, porque já conseguiu colocar alguns sorrisos nos meus dias e, portanto, de certo modo até me fez ou faz bem. Neste momento, já não é uma estratégia, é algo que provavelmente chegou ao seu fim, ou então não, não sei, mas já não se trata de uma estratégia. Preciso de recuperar as minhas forças visto que gastei praticamente todas. Não aches estranho porque, não, ainda não as recuperei. O cansaço cada vez mais se apodera de mim e, custa tanto! Custa tanto acordar depois de horas de sono que me parecem sempre ser insuficientes e levantar-me, pôr a máscara e enfrentar mais um dia. Pediste-me para aguentar, não foi? Eu estou a tentar, juro. Vou terminar aqui, dizendo que independentemente disto tudo, eu nunca me esqueço de ti, era impossível, são anos. Já não choro por fora, mas por dentro, todos os dias te choro, todos os dias partes um bocadinho. Sim, continuo à tua espera num sitio onde as palavras já não magoem, não faltem, nem sobrem. Esse sitio existe. Apenas a minha cabeça compreende perfeitamente esta decisão, o resto de mim foi-se embora e não sei quando voltará, porque leva tempo-ainda mais- a habituar-me à tua ausência, a mim, ao meu corpo e à minha alma. Agora, memoriza bem, e sempre que pensares em mim, lembra-te :
"apenas acalmei este amor dentro de mim"

6 comentários:

  1. wow
    gosto tanto do teu blog.
    vou seguir *.*

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  2. Identifico-me bastante com o texto e sei o que estás a passar , e quando mais queres esquecer uma coisa parece que tudo á tua volta te leva a esse 'ponto', muita força queridaa :)

    Vou seguir , beijinhos.

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  3. sim Leonor, tens razão. obg pelo comentário, é sp mt importante p mim. tbm seguirei o teu. obg querida :)

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  4. Francisca Gama08/12/11, 07:35

    amei o teu blogue! escreves mesmo muitissímo bem!
    parabéns, estou a seguir, beijinhos*
    http://franciscagama.blogspot.com/

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  5. mt obg francisca. adoro esses comentários e opiniões, é sp mt importante, obg querida :)

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