17.10.11

"quando o sorriso morre"

E é hoje que eu pergunto o que fiz com tudo, o que fiz com tudo o que aprendi, com tudo o que construí, com tudo o que tinha já tomado por certo. Eu estava bem, não estava? Eu estava bem com a minha mudança, eu estava contente comigo, orgulhosa de mim. Hoje, até o sorriso mais leve tem de ser puxado à força. Eu sei, eu sei que ando com olhos de quem já não dorme à muitas noites. Eu sei que ando sensível, que qualquer coisa é motivo de lágrimas e desespero. Eu sei que não ando bem, mas deixem-me estar no meu canto, eu sempre gostei de sofrer sozinha, não se lembram disso? E, sim, mesmo quando mostro a toda a gente que não estou bem, eu prefiro refugiar-me. A única coisa que podem fazer para me ajudar é, simplesmente, não me falarem mal. Hoje eu sei que me estão a pôr mais uma vez à prova, mas é como se tudo se tivesse concentrado no mesmo tempo, na mesma altura. Tudo o que eu pensava já não me deitar a baixo mais, hoje voltou, mais forte do que alguma vez. Eu estou cansada, estou em baixo, não tenho razões para me levantar. Não me perguntem o que se passa, porque eu não sei. Não perguntem o que ando a fazer, porque eu também não sei. Não me questionem do que é viver, eu estou morta com tantas filosofias sem nexo. Morri, morri ao tentar salvar alguém. Hoje, hoje acho que ando na pele de outra pessoa, a tentar fazer por ela, o que só ela pode fazer por si.

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