9.9.11

For you, with love. ♥ (parte V)

Os ponteiros do relógio marcam precisamente cinco e sete da manhã. Estou deitada, a olhar para este ecrã de telemóvel que nem é meu. Fones nos ouvidos e uma vontade de escrever sobre o que me vier. Tens sido a inspiração dos meus textos, não me canso de escrever para ti, há sempre algo mais a dizer, algo a acrescentar, nem que seja um ponto. Não consigo fazer de nenhum texto, o último, por mais que já o tenha dito. Sempre disse o quanto andava a amar a minha personalidade, mas por vezes quando paro, como agora, penso se não seria melhor ser como tu. Hoje sei que te conheço melhor do que eu pensava, que poderia descrever a tua personalidade aqui e agora, só para ti. Neste momento não sinto nada a assustar-me, mas sendo frontal, tenho medo. E medo de quê? Não sei concretamente. Sei que não me sinto “eu”, mas que em breve vou sentir melhor que nunca e, por isso, tenho medo de me afundar. Precinto que nunca mais voltarás enquanto eu lá estiver e, para ser sincera, é isso que me leva a trazer a palavra “medo” para aqui. Porquê medo? Não sei concretamente; sei que, de alguma forma, aquela terra pertence-nos, aos dois e, por isso, ir lá sem tu lá estares deixa de fazer sentido. Parece que não bate certo, que não tem lógica, pés nem cabeça. Bem, parece-me surreal. E, surreais talvez sejam mesmo estas palavras. Porque contigo é sempre assim, esta contradição, esta confusão mas também esta urgência de te dizer tudo, como tu bem sabes. Eu adoro-te, adoro-te muito, e ao dize-lo encho-me de orgulho. Os meus olhos brilham, o meu coração palpita mil vezes mais e, o meu sorriso torna-se outro. Sinto-me dependente de nós, nós esse que não existe, especificamente, na vida real mas que eu ainda continuo a sonhar com ele. Sonhar faz bem não é? E de noite, sim, eu às vezes sonho contigo. Não é sempre, é só às vezes. Sonho que não há distância, que tu fazes parte dos meus dias e eu dos teus. Depois quando acordo e o sonho acaba, olho-me ao espelho e digo isso mesmo, que não passou de um sonho, e que já acabou. Digo também que vai ser só mais um dia, sempre, e quando dou por mim, já estou a dizer que é só mais uma semana. Não me decepciono ao sonhar, nem por pensar em ti, ou em mim, em nós. Sinto-me triste, sinto uma confusão de sentimentos dentro de mim. Sinto-me vazia e desfeita, mas inteira; mal mas bem e, mais uma vez, isto tudo se alimenta de contradições que, cada vez mais, se tornam constantes. Resta-me ainda muito a dizer, no fundo acho que vai sempre restar, não é verdade?; resta-me dizer-te que para todo o lado que vá, vou-te levar comigo. Resta-me dizer-te que eu não desisto de nós, deste casal por quem me apaixonei. Digo-te também, mais uma vez, que a culpa não foi tua. O que eu sinto por ti, não vai passar, eu garanto-te. Garanto-te isso com todas as minhas certezas. Por agora, sim, a vida continua mas, digo-te ainda mais, digo-te que todos os dias, 24 sob 24 horas tu vais estar em mim pois, de pouco, imenso me faz constantemente lembrar-me de ti. O teu nome está bem escrito em mim e, nada o apaga. Nem o vento, nem a força da realidade, nem os meus dias e, muito menos, o que quer que o destino decida para nós os dois. És um em tanto, sabes o que isso significa? Obrigada.

"skinny love"

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