1.9.11

For you, with love. ♥ (parte IV)


À noite, gosto da chuva sabias? Gosto de estar à janela, ouvi-la, vê-la cair e, às vezes, quando acaba, até gosto de meter a cabeça fora da janela para cheirar aquele cheiro característico dos dias de chuva. O pior, é que quando estou mal, estes dias ainda me deprimem mais. E, hoje, acertou tudo em cheio; as atitudes que estás a ter começam-me a magoar cada vez mais, sabes? A tua forma de lidar com a realidade magoa-me. O que não dizes e devias dizer magoa-me. E tu, tu eras o único, mas mesmo o único de quem eu não esperava isto assim, desta forma porque, como sabes, as coisas já são frias e cruéis por natureza mas, nós temos o dever de não as tornar mais e, desculpa dizer-te, mas tu estás a fazer exactamente o oposto. Escolheste a tua maneira de lidar com toda a nossa história que, a meu ver, está errada. Mas que moral tenho eu afinal? Mesmo assim, digo-te o porquê disso, digo-te que tu pensas que assim é melhor mas não, não é, torna tudo ainda mais difícil e sufocante. Assim que estou, sufocada. Ages como se nunca mais me fosses voltar a ver na vida, estás-me a afastar dos teus dias, da tua realidade enfim, da tua vida, à força, como se assim me fosses esquecer mais facilmente tudo o que aconteceu. Mas não, não e não, hoje digo-te: Não tentes tirar da cabeça o que está no coração. Mas sim, se queres saber, essa forma de reacção não é novidade nenhuma para mim. Já fui assim. Como tu estás a ser para mim? Sim, já fui assim. Já quis passar por cima de tudo, já quis fugir de todos os meus sentimentos, deixar para trás a pessoa tentado apagar tudo dela (não digo que contigo seja isto), mas não, não resultou e acabamos ambos a sofrer. Hoje, vendo as coisas do outro lado, vejo o quanto já fiz sofrer quem gostou de mim e a minha barreira de “autodefesa”, não a deixou aproximar da minha pessoa. Tal como tu me definiste, como pessoa justa e frontal, é isso que estou a ser neste preciso momento. Justa, porque vou jogar no teu jogo e não te vou dizer mais nada, vou deixar o silêncio falar por mim. E frontal, por te dizer isto, sem ter medo de ser fria ou cruel, pois exactamente isto que penso e estou a sentir e não tenho pudor nenhum em to dizer. Alias, gostaria até que aqui estivesses e eu tivesse a oportunidade de ter dizer olhos nos olhos que me estás a magoar, que custa pensar em ti e em vez de vir um sorriso como antigamente, não, vem lágrimas atrás de lágrimas, vem dor, sofrimento. Custa sabes? Custa muito ver-te a queres tirar-me de ti à força toda, depois tudo, depois do que passamos e depois do significado que as nossas vidas têm um para o outro. Mas, como disse, vou jogar o teu jogo. Há vencedores? Ou as regras são diferentes?

P.S- Não te estou a criticar.

Sem comentários:

Enviar um comentário