25.8.11

For you, with love. ♥

Imagina que não são quilómetros que me separam de ti, mas sim passos, imagina que estou aí, ao teu lado. Hoje, vou escrever-te uma carta, mas imagina o meu olhar, a minha voz, o meu corpo ao lado do teu e a minha boca colada ao teu ouvido a ler-te isto. Não preciso de falar em voz alta, não preciso que o mundo me oiça, só preciso que tu me entendas. E tu, já vales pelo meu mundo; As saudades angustiam-me, tomam conta de mim, apoderam-se do meu corpo e eu, sinto-me fraca, bastante fraca até, para lidar com elas e lutar contra elas. Nada disto é passageiro, este sentimento todo, antes pelo contrário. E essa realidade, assusta-me. Faz-me ficar apavorada. É verdade, não sou nada pacifica, nada racional, nada boa, a lidar com a saudade. Para mim, este sentimento é equivalente ao fim de tudo, destrói o meu dia-a-dia, destrói-me a mim própria, deixa-me despedaçada, com falta de energia, vontade, ar até. Talvez percebas um pouco do que sofro com isto mas, sinceramente, o que te quero dizer é que nunca antes me tinha sentido assim, sem ser agora. Quero que entendas o bem que (me) fazes, pois só isso, é resposta ao grande ‘porquê?’ de me sentir assim; És incrível, orgulho-me muito de ti e do quanto me consegues mudar ao estar contigo. Orgulho-me de só contigo passar um dia inteiro a rir e, realmente, feliz. É assim que o meu coração se sente ao pé de ti; feliz, seguro, abrigado do mundo lá fora, protegido. Como se nada, nem mesmo a realidade, o conseguisse magoar. Sinto-me em revolta, sabes? Estou revoltada com a vida, estamos de costas voltadas uma para a outra e, não há meio de fazermos as pazes. Sabes o que sinto? Uma enorme injustiça. O meu lugar é junto a ti. Não me importa onde, quando, hoje, amanha, mas o meu lugar é contigo, repito. Se há coisa que aprendi a acreditar contigo, foi no destino. Foi na ideia de que tudo acontece por uma razão. Tento trazer isso, todos os dias, para a minha vida, para que seja mais fácil, mas a confusão sobrepõe-se a isso tudo e faz com que uma parte de mim acredite nessas mesmas palavras, ditas por ti, e outra faça de tudo uma mentira. Entendes? Não fiques mal ao leres isto, tu conheces-me, tu sabes que a minha escrita é uma coisa, extremamente, incontrolável e, como tal, é muito difícil para mim controlar esta necessidade de escrever quando tenho um misto enorme de sentimentos dentro de mim. Sei que levas tudo isto no sentido certo e que me compreendes e tentas ao máximo, tirar um significado de cada palavra minha; és racional, enquanto eu sou muitas vezes irracional. És o mais calmo, enquanto eu eu muitas vezes “fervo em pouca água”.  Sabes o melhor quando eu muitas vezes quero escolher o caminho errado. Somos diferentes, mas muito iguais. Somos diferentes mas, acima de tudo, completamo-nos e isso, faz de nós, uma combinação perfeita. E, se dizem que o perfeito não existe, para nós existe e ninguém me tira essa ideia. Tu trazes a inteligência e eu, eu talvez traga a pitada da loucura, a vontade de contrariar tudo e todos, de fazer o que não podemos fazer… sou apaixonada por nós? Não é por mim, nem por ti, é por nós. Cada vez que nos vejo aos olhos de terceiros fico completamente fascinada. Apaixonei-me por este casal que, quando vou a ver as personagens, reparo com espanto que eu e tu somos os protagonistas. E, ao ver-nos desta maneira, deixo de achar isto como qualquer tipo de ilusão. Eu sei bem o que estou a sentir, e o quanto verdadeiro, único, isto é. É único ver as coisas desta maneira, não é? Eu acho. Assim como nos acho lindos, aos dois. Não me canso de te agradecer, porque sem dúvida que mereces esse agradecimento. Mas, acima de tudo, mereces a retribuição que eu espero, um dia, conseguir dar. Espero também que um dia a distância passe a ser apenas simples números e as coisas se facilitem. Espero um dia poder passar a controlar tudo, ao teu lado. Sinto-me melhor quando escrevo, talvez por saber que em breve vais ler isto. Sei também que a escrita, é uma das grandes coisas que nos une, que nos aproxima imenso e, como tal, sinto-te mais perto, mais presente, ao escrever directamente para ti. És a minha segurança, sei que nunca me deixarás por completo e que, de certo modo, vai sempre haver algo, por mais mínimo que seja, a unir-nos. Lembra-te que ninguém é em mim o que tu és, e que o meu sentimento por ti é impossível de ser explicado. Hoje, trago-te a saudade, mas também o medo. Medo que me esqueças. Todas estas palavras estão a ser escritas de uma maneira super incontrolável, é impossível controlar isto. Deixei de me importar com o que vais pensar ao ler isto, tu sabes o que sinto, e garanto-te que estas são as palavras mais verdadeiras que alguma vez direi a alguém. Eu não te esqueço, vou continuar a escrever para ti cada vez que a saudade tomar conta de mim. Mas, nunca vou explicar o que sinto por ti. Porquê? Porque isso tornaria o nosso amor vulgar, e de vulgar, este amor não tem nada. 

E se te disser que só parto amanhã e já me sinto assim? 

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