29.8.11

For you, with love. ♥ (parte II)

De tudo o que aprendi na vida, tudo o que te posso dizer é que ela continua. Os dias continuam a passar, deixei de saber de ti, deixei de ouvir falar de ti, deixei de te ver e tu, tu deixaste de me ligar, deixaste de esperar por mim, deixaste de me levar para longe dos outros e toda a nossa história, tão pequena mas ao mesmo tempo tão grande, parece ter “acabado”. Espera, não, não queria nada ter usado esta palavra. Eu sei que não acabou, tu continuas aí, eu aqui, vivemos vidas separadas, como sempre, mas nada acabou. Fomos separados, levados pelo vento, para rumos diferentes, vidas distintas. Sinto a tua falta, todos os dias sem excepção. Sinto saudades tuas de manhã, de tarde, de noite, de madrugada, a toda a hora. Não consigo dar um passo para a frente sem antes olhar para trás. Não paro, não consigo, aflige-me parar um minuto que seja. Tornei os últimos dias numa correria autêntica. Porquê? Porque cada vez que parava, o sofrimento era automático, bastava segundos apenas para parte de mim morrer por completo. Sinto-me constantemente perdida. Como se tu alguma vez tivesses sido o meu mapa, o meu Norte ou o meu Sul. Pois, foste mesmo. Sei que carregas o sentimento de culpa em cima de ti e eu não quero mais que isso aconteça. Tal como me ensinaste, tudo na vida nasce por uma razão de ser, e tudo acontece no tempo preciso, na altura certa, em que tem de acontecer. Como tal, este nosso verão aconteceu assim, exactamente, porque teve de acontecer. Tenho a certeza de que tu, tal como eu, tentaste por um travão em tudo. Tenho a certeza de que tu, tal como eu, tentaste evitar esta proximidade. Mas, destas duas certezas, a maior é que tu, tal como eu, não conseguiste. Isso prova, como já o disse uma vez, o quanto forte é este amor. És a minha verdadeira perdição, perto de ti nada se controla, daí termos levado as coisas a este ponto; desejo a tua felicidade acima de tudo, desejo que fiques bem, que sejas feliz, apesar de eu ainda não estar, tu mereces mais que tudo. Há dias que não são bons para escrever, talvez hoje seja um desses dias, mas a vontade louca de te sentir aqui, mais perto de mim, é maior do que a perfeição de um texto. Estaria a mentir se te dissesse que já estou em paz, porque não. As noites são horríveis, é horrível deitar-me com o telemóvel na mão esperando receber alguma mensagem tua. É horrível deitar-me e não saber nada de ti. Nem como estás, nem onde estás, nada, zero. É horrível, a crueldade continua elevada no mesmo grau, no máximo. E tudo o que te disse, na outra “carta”, mantém-se. Todo aquele sentimento mantém-se, toda a angústia permanece, daí ser desnecessário repetir tudo pois, eu sei, que tudo o que te digo fica bem guardado em ti. Assim como tu ficaste marcado em mim, como uma tatuagem, que jamais sairá. Uma tatuagem para que olho todos os dias, em todos os momentos da minha vida, em todos os passos que dei e vou ter de dar, em todas as oportunidades, em todas as ocasiões, em todos os pequenos grandes espaço, a todas as estações do ano porque, é uma tatuagem e como tal, estará sempre ao de cima na minha pele, presente nos meus dias e tatuada na minha realidade. 

EVERY SUMMER, HAS A STORY. 

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